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sábado, 8 de outubro de 2022

Tratamentos químicos, como tinturas e alisamentos, podem causar queda de cabelos e doenças irreversíveis no couro cabeludo das crianças

 Olá amigos tudo  bem?

O médico e tricologista Dr. Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia, alerta as famílias: crianças não podem passar por químicas capilares, que podem causar a queimadura do couro cabeludo

 

Foto: banco de imagens gratuito Freepik. Crédito: Graystudiopro1 para Freepik

 

São Paulo, 7 de outubro de 2022 – Em outubro, duas datas agitam a criançada: o Dia das Crianças e o Dia das Bruxas (o famoso Halloween). São momentos em que os pequenos costumam pedir aos pais para pintarem os cabelos ou, ainda, radicalizarem no visual, até mesmo os descolorindo completamente. "Existe um risco enorme de as crianças desenvolverem processos alérgicos graves pelo uso de tinturas, que são indicadas para adultos - e, mesmo assim, apenas após o realizarem o teste de tolerância ao produto. As crianças são muito mais sensíveis e não podem usar o mesmo produto", alerta o médico e tricologista Dr. Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia - SBTri.

Em relação aos alisamentos, Dr. Barsanti é ainda mais cauteloso, porque esses produtos são totalmente inadequados para serem usados em crianças.  “Cresce a cada dia o número de crianças e adolescentes com queimaduras no couro cabeludo; alergias severas na cabeça, rosto, pescoço e colo e problemas respiratórios causados por produtos de alisamento capilar, os mais utilizados nesta faixa etária”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia.

Escovas progressivas – mesmo aquelas sem formol – e alisantes são prejudiciais à saúde das crianças e adolescentes. “Os pais devem entender que o organismo das crianças ainda está em formação e não é tudo o que o adulto usa que se pode adaptar às crianças. Mesmo produtos que se vendem como permitidos para crianças podem causar danos, inclusive permanentes, de queda capilar e doenças no couro cabeludo”, diz ele.

Ele ressalta que atende em consultório, diariamente, cerca de três crianças com problemas decorrentes de alisamentos. "Para encontrar o melhor tratamento, são feitos exames clínicos e tricológicos. A partir do escaneamento de couro cabeludo, um exame indolor que aumenta até 30 mil vezes o couro cabeludo, conseguimos visualizar com perfeição o bulbo e fazer um diagnóstico preciso. Exames laboratoriais a critério do médico especialista também são muito importantes", explica.

Para o especialista, aos primeiros sinais de queda de cabelo, é importante buscar por um especialista, sem que haja a automedicação. Muitas vezes, o atendimento a uma criança com alopecia dependerá de uma equipe multidisciplinar, composta pelo médico e tricologista e também por psicólogo, psiquiatra, endocrinologista, gastro e outras especialidades.

E como contemplar as necessidades de embelezamento das crianças?

Segundo o médico e tricologista, já passou da hora de a aceitação de todos os tipos de cabelos fazer parte das agendas de discussões familiares, educacionais e sociais. “Todos os cabelos são bonitos, exatamente como nascem e crescem. A discriminação por causa do cabelo deve ter um fim, porque a estereotipia não faz bem, especialmente ao brasileiro, povo miscigenado e que tem os mais variados tipos de cabelos”, ensina Dr. Barsanti.

Aos pais, ele aconselha que usem apenas produtos dermatologicamente testados em crianças, a exemplo de shampoos, condicionadores e cremes para pentear infantis. “Essas linhas são mais suaves e são hipoalergênicos”, ensina.

Usar acessórios coloridos e investir em penteados com pouca tração também pode fazer com que os pequenos aprendam a gostar dos próprios cabelos, aumentando a autoestima deles. “Quando os pais se referem aos cabelos dos filhos com orgulho, amor e admiração legítimos, a chance de eles aceitarem os fios como eles são é muito grande. Mas, quando os próprios pais se impõem um padrão de beleza irreal, afetam a autoestima das crianças”, orienta Dr. Barsanti.

Já os procedimentos de alisamento devem ser de uso exclusivo dos adultos, caso eles queiram. “Há produtos tão fortes que destroem até mesmo o couro cabeludo dos adultos. É perigosíssimo usá-los em crianças”.

O médico e tricologista completa fazendo um apelo às famílias. “A situação é séria e precisamos mudar nosso olhar diante do outro. Aceitar que não existe um único padrão de beleza, nos livrar dos preconceitos e parar de emitir comentários preconceituosos sobre os cabelos das pessoas é o primeiro passo para que crianças deixem de sofrer”, finaliza.

Queda dos cabelos nas crianças por doenças: a alopecia infantil

A queda de cabelos é um problema comum entre os adultos, mas também pode acontecer em crianças. O nome dessa condição é alopecia, que significa uma perda anormal dos fios de cabelos ou pelos e é sinônimo de calvície. Por ser menos frequente, o problema pode assustar os pais e mães, mas é importante ressaltar que ele pode ter diferentes origens, já que existem diversos tipos de alopecia.

O médico e tricologista Luciano Barsanti explica que, seja no travesseiro, na hora de pentear os cabelos ou até mesmo durante os banhos, a alopecia deixará rastros, por conta da queda considerável de cabelos. “Então, no momento em que isso for notado, é fundamental procurar por um especialista, como um médico e tricologista”, diz.

A queda pode ser causada por outros problemas de saúde e os pais e mães precisam se atentar a isso. Outras mudanças podem ser na textura dos fios, que ficam mais finos, além de áreas sem cabelo.

Veja as possíveis causas de queda de cabelos nas crianças:

Desnutrição – Nas crianças, é mais frequente que a alopecia seja desenvolvida por conta de desnutrição, de causas sociais ou até mesmo por erro na alimentação e verminoses. Outra causa são as doenças inflamatórias do tubo digestivo, como a doença de Crohn, provocando diarreias crônicas e consequente perda de nutrientes.

Alopecia Areata – Entre as crianças, também pode ser observada a alopecia areata, conhecida também como pelada. Ela é uma doença autoimune, que se dá quando o paciente produz anticorpos contra o próprio bulbo capilar e caracteriza-se por áreas arredondadas calvas. Não existem dados específicos referentes às crianças porque não é uma condição frequente, e o que se sabe é que a alopecia areata atinge cerca de 2,1% da população, alcançando todas as idades. Essa doença pode progredir e ocorrer uma queda generalizada de todos os pelos do corpo, sendo chamada de alopecia areata universal. A condição muitas vezes é confundida com as micoses de couro cabeludo, como a tinea capitis, muito frequentes em crianças.

Alopecias de tração – Essas condições são identificadas naqueles que ficam com o cabelo muito preso e em constante contato com acessórios como piranhas, tiaras e lacinhos – também são comuns na primeira idade. “Quanto menos presos ficarem os cabelos, melhor”, comenta o médico.

Doenças psiquiátricas – Outro fator que pode levar à queda de cabelo são as doenças psiquiátricas, como a tricotilomania, que consiste no arrancamento dos fios e, eventualmente, em sua ingestão.

Condições raras – Existem ainda as doenças raras de origem genética, como são as hipotricoses congênitas, nas quais a criança nasce sem o bulbo capilar.

Rareamento reversível em bebês – Nos bebês, o lado do apoio da cabeça ao dormir pode provocar um rareamento reversível nos fios de cabelo. Isso, normalmente, após os seis meses de idade, já que primeiros meses de vida pode haver uma troca natural de cabelos nos bebês.

 “Sabendo de todas essas possíveis doenças, é importante ficar atento aos fatores como alimentação, tração, contaminação por fungos, infecções em geral e alterações da glândula tireoide”, finaliza o médico.

Sobre o Dr. Luciano Barsati

Dr. Luciano é médico e Tricologista, Presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia "SBTri", membro titular do American Hair Loss Council - USA e da Sociedade Italiana de Tricologia, além de membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia.

 

Informações para a imprensa

 

Uapê Comunicação

Simone Valente - (11) 97666-7022 – simone@uapecomunicacao.com.br

Até o Próximo!
Beijos!
Lucimar



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